ASPECTOS ECOLÓGICOS DE Anopheles (Nyssorhyncus) darlingi ROOT 1926 E Anopheles (Nyssorhyncus) marajoara GALVÃO E DAMASCENO 1942 (DIPTERA: CULICIDAE) NOS BAIRROS MARABAIXO I E ZERÃO, MACAPÁ, AMAPÁ, BRASIL

Ledayane Mayana Costa Barbosa, Raimundo Nonato Picanço Souto

Resumo


O gênero Anopheles Meigen abrange cerca de 484 espécies, destas aproximadamente 50 tem se mostrado vetor competente da malária humana. Anopheles darlingi é considerada uma das mais eficientes na transmissão da malária na região Neotropical, que junto com An. marajoara membro do complexo albitarsis, são os vetores primários na cidade de Macapá. Este estudo objetivou avaliar alguns aspectos da ecologia das espécies An. darlingi e An. marajoara em áreas periurbanas da cidade de Macapá. As coletas de mosquitos adultos foram realizadas no peridomicilio próximos a ambientes úmidos, nos bairros Zerão (00º00.041’; 051º06.122’) e Marabaixo I (00º02.315’; 051º07.364’), no período de maio de 2003 a maio de 2004, em intervalos bimensais com duração de três horas, em três dias consecutivos. O método utilizado para as coletas foi o atrativo humano protegido. Foram coletados 904 especimes, sendo 138 (15,26%) no bairro Marabaixo I, e 766 (84,74%) no bairro Zerão. An. marajoara (51.7%) e An. darlingi (28,7%) foram as mais abundantes. Outras especies foram encontradas: An. matogrossensis (15.6%), An. triannulatus (3.2%), An. braziIiensis (0.7%) e An. nuneztovari (0.22%). Para a espécie An. marajoara o índice de picada homem/hora (IPHH) variou de 0,6 no bairro Marabaixo I a 3,0 no bairro Zerão. Para a espécie An. darlingi a variação do índice foi de 0,3 a 1,7  no Zerão. Em relação a atividade horária de hematofagia, An. marajora apresentou o maior pico de 18:30 as 19:30h enquanto que An. darlingi de 19:30 as 20:30h. Para as duas áreas em estudo houve uma correlação positiva (r=0,75) quanto a variação da abundância das espécies An. darlingi e An. marajoara de acordo com a precipitação pluviométrica somente para o período de maio a novembro de 2003.


Palavras-chave


Malária, vetor, transmissão, áreas úmidas, Amapá

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DOI: https://doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v1n1p19-25

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