DESEMBARQUE E MODELO PREDITIVO DE PRODUÇÃO DE TAINHAS (MUGILIDAE) EM UM PÓLO PESQUEIRO DO NORDESTE AMAZÔNICO

Mayra Sousa Nascimento, Camila Araújo Cardoso, Suelly Pereira Fernandes, Luciano Gomes Pereira, Bianca Bentes Silva

Resumo


Com base em uma série temporal censitária, embora pontual, este trabalho traz uma primeira estimativa de produção excedente de Mugilidade de um importante pólo pesqueiro amazônico. Os dados foram obtidos de abril de 2008 a dezembro 2010 em 11 portos localizados na península de Ajuruteua. Foram registrados 4.755 desembarques provenientes de 270 embarcações, contabilizando 358,9 t de Mugilidae, onde a categoria de barco CAN apresentou o maior volume de produção (39,8%), seguido de BPP (30,4%), CAM (26,8%), MON (1,65) e BMP (0,74%). Os resultados de ANOVA mostraram diferença significativa quando os aparelhos de pesca foram testados com a produção (F= 68,89; p < 0,01) onde, a maior média de captura foi observada para redes móveis. Ao longo dos anos obteve-se um pequeno declínio na média de produção pesqueira de tainha no ano de 2009 (F= 9,90; p < 0,01). A produção mensal apresentou tendência crescente à medida que aumenta a precipitação, sugerindo uma estreita relação entre estas duas variáveis, considerando um período (lag) de tempo de resposta da produção em torno de 4 meses. Foi obtido um MSY de 122,12 t, associados à 5.207,02 dias ao mar por ano, onde no ano de 2009 e 2010 o esforço empregado foi próximo ou superior ao máximo sustentável assim como em relação a captura indicando que o estoque está em estado de expansão.

Palavras-chave: pesca artesanal, modelo de produção pesqueiro, Mugil, desembarque pesqueiro, rendimento máximo sustentável.


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DOI: https://doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v6n2p80-85

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