ICTIOFAUNA DE ZONA RASA DO ESTUÃRIO DOS RIOS TIMONHA E UBATUBA, NORDESTE DO BRASIL

Filipe Augusto Gonçalves de Melo, Joelson Queiroz Viana, Talita Magalhães Araújo, Eronica Araújo Dutra, Evandro Malanski

Resumo


A influência da sazonalidade sobre a ictiofauna das águas rasas e estuários do nordeste do Brasil tem sido pouco estudada. A presente investigação avaliou o número de espécies, abundância e diversidade como função da alternância dos períodos de chuva e estiagem ao longo de 12 meses em três áreas do estuário dos rios Timonha e Ubatuba, na divisa dos estados do Ceará e Piauí. No geral, 25 arrastos manuais foram realizados de agosto de 2014 a setembro de 2015, acessando a estrutura da assembleia de peixes com o total de 1387 indivíduos capturados, que pertencem a 49 espécies de Teleostei (38 gêneros e 24 famílias). Considerando o número de espécies, as famílias que mais contribuíram foram Carangidae (7 espécies), Gerreidae (6) e Lutjanidae (4). A estrutura da comunidade revelou uma maior participação numérica de Eucinostomos argenteus, Mugil curema, Atherinela brasiliensis, Trachinotus falcatus e Sphoeroides testudineus que responderam por 68,9% do total dos indivíduos capturados. Os estuarinos dominaram em número de espécies seguidos pelos migrantes marinhos e visitantes marinhos. A localidade mais a montante, Porto dos Mosquitos, apresentou 38 espécies, Porto do Itam 32 espécies, e Porto da Lama seis espécies. O índice de diversidade foi superior no período seco quando comparado com o período chuvoso, o que pode indicar maior competição entre espécies durante regime de chuvas. Os resultados apresentados aqui mostram diferenças sazonais na composição da ictiofauna durante os ciclos hidrológicos, onde áreas costeiras de manguezais e estuarinas são habitats-chave para o início da vida de peixes, contribuindo para a diversidade e conservação de populações de peixes na região.

Palavras-chave: inventário, peixes estuarinos, distribuição espacial, manguezais, taxonomia.

Palavras-chave


manguezais; peixes estuarinos; distribuição espacial

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DOI: https://doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v11n1p33-40

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