BIOLOGIA REPRODUTIVA DO CORÓ, Pomadasys corvinaeformis STEINDACHNER (OSTEICHTHYES: HAEMULIDAE) DAS ÁGUAS COSTEIRAS DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.

Anairam Medeiros Silva, Mônica Rocha Oliveira, Sathyabama Chellappa

Resumo


Os peixes popularmente conhecidos como corós são de pequeno porte, abundantes nas águas costeiras do Nordeste brasileiro e contribuem na cadeia trófica costeira. O presente estudo teve como objetivo determinar a biologia reprodutiva do Pomadasys corvinaeformis das águas costeiras de Ponta Negra, Rio Grande do Norte. Os peixes foram capturados mensalmente durante o período de um ano. Os exemplares foram medidos, pesados, dissecados e as gônadas foram pesadas e examinadas para identificar o sexo e avaliar o estádio de maturação gonadal. A proporção sexual, o comprimento médio da primeira maturação, a caracterização macroscópica e microscópica do desenvolvimento das gônadas, o índice gonadossomático,a fecundidade, o tipo de desova e o período reprodutivo foram determinados. Os resultados mostram que as fêmeas de P. corvinaeformis predominaram na população amostrada nas águas costeiras de Ponta Negra, RN. Os machos atingiram a maturidade gonadal com 10,3cm de comprimento total e as fêmeas com 10,4 cm. As características macroscópicas os ovários e testículos revelaram quatro estádios de maturação gonadal, sendo imaturo, em maturação, maduro e esvaziado. As características microscópicas permitiram estabelecer sete estádios de desenvolvimento gonadal para fêmeas: imaturo, em maturação inicial, em maturação final, maduro inicial, maduro intermediário, maduro final e esvaziado. Para os machos quatro estádios microscópicos foram identificados: imaturo, em maturação, maduro e esvaziado. A fecundidade absoluta apresentou uma amplitude de 15.056 a 83.316 ovócitos vitelogênicos, com média de 44.716. A espécie apresentou desova total. O período reprodutivo ocorreu nos meses de dezembro a junho, coincidindo com a época chuvosa da região.

Palavras-chave: coró, Pomadasys corvinaeformis, desenvolvimento gonadal, período reprodutivo.


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DOI: https://doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v2n2p15-24

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