CARACTERIZAÇÃO DO CONSUMO DE AMÊNDOA DE CUMARU NA AMAZÔNIA ORIENTAL

Lyvia Julienne Sousa Rêgo, Márcio Lopes da Silva, Liniker Fernandes da Silva, João Ricardo Vasconcellos Gama, Leonardo Pequeno Reis, Pamella Carolline dos Reis Reis

Resumo


O mercado de produtos florestais não madeireiros tem se consolidado, nas últimas décadas, principalmente por promover o uso sustentável dos recursos naturais e garantir a subsistência de diferentes comunidades tradicionais na Amazônia. O objetivo deste estudo foi caracterizar o consumo de amêndoa de cumaru (Dipteryx odorata (Aubl.) Willd.) no mercado da cidade de Santarém, estado do Pará. As informações foram obtidas, em 2013, por meio da aplicação de questionários contendo perguntas abertas e fechadas. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva. O teste do Qui-quadrado analisou a associação entre algumas variáveis (p<0,05). A amostra foi constituída por 101 indivíduos. Os resultados mostraram que entre consumidores predominou o gênero feminino, idade superior a cinquenta anos, ensino médio completo, baixa renda e residência na área urbana, com preferência pela amêndoa in natura para usá-la principalmente no tratamento de doenças. Apesar dos consumidores considerarem o preço de venda bom, eles estão dispostos a pagar mais pela amêndoa procedente de plantações ou do manejo sustentável da Amazônia. A escolaridade associou-se significativamente a disposição a pagar destes consumidores. O gosto e a preferência do consumidor são fundamentais para alcançar essa sustentabilidade. Assim, o mercado do cumaru atende as necessidades dos consumidores e estes se preocupam com a conservação das florestas.

Palavras-chave: Dipteryx sp., extrativismo, produto florestal não madeireiro, tonka.


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DOI: https://doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v7n3p23-27

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