TEMPERATURA E ALIMENTAÇÃO NA MODULAÇÃO DA TAXA DE EXCREÇÃO DE AMÔNIA DO PIAUSSU Leporinus marocephalus
Resumo
O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito combinado da temperatura e alimentação sobre a taxa de excreção de amônia do piaussu. Os peixes (10,3 ± 1,7 g) foram aclimatados em um sistema de recirculação de água e submetidos a cinco temperaturas (15, 19, 23, 27 and 31°C), alimentação (duas vezes ao dia até saciedade) e regimes de jejum diferentes. Nove peixes por tratamento foram distribuídos individualmente em tanques e a taxa de excreção de amônia foi estimada até 24 h, a cada quatro horas, para os tratamentos de animais alimentados e em jejum. Durante esse período o consumo de ração foi estimado. Como esperado, a taxa de excreção dos animais alimentados, em termos gerais, foi maior comparada aos peixes não alimentados, exceto pelos peixes mantidos a 15ºC. Temperaturas mais altas aumentaram a excreção a partir de 27ºC nos tratamentos em jejum. O aumento da temperatura foi diretamente proporcional a um maior consumo de ração, o qual foi o principal responsável pela variabilidade na taxa de excreção. Picos de excreção pós-prandial ocorreram desde as primeiras quatro horas até 12 h após a alimentação e foram seguidos por um retorno aos níveis basais após 16 h. A taxa de excreção de amônia do piaussu é influenciada por ambas a temperatura e alimentação, sendo fortemente influenciada pela última. Baseando-se nos dados do presente estudo, a temperatura de criação para essa espécie deverá ser mantida em torno de 27ºC.
Palavras-chave: peixes de água doce, metabolismo, nitrogênio, sistema de recirculação, teleósteos.
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DOWLOAD DO ARQUIVO (PDF) (English)DOI: https://doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v6n3p77-83
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