BIOACUMULAÇÃO DE MERCÚRIO TOTAL (HgT) E HÁBITOS ALIMENTARES DE PEIXES DA BACIA DO RIO NEGRO, AMAZÔNIA, BRASIL
Resumo
Na Amazônia, o pescado é a principal fonte nutricional para os ribeirinhos. Desta forma, peixes têm sido comumente utilizados em trabalhos de monitoramento ambiental por serem bons biomonitores. Este trabalho analisou a concentração de Hg Total (HgT) em peixes de diferentes espécies e hábitos alimentares, afim de investigar a existência de bioacumulação nas espécies na bacia do rio Negro e verificar se os teores de HgT encontrados estão em conformidade com o limite estipulado para consumo humano. Os pontos de amostragem foram distribuídos na bacia do rio Negro durante o período das águas altas. Após as pescarias os espécimes foram identificados, medidos e pesados. Em seguida, amostras de músculo foram retiradas e submetidas à digestão ácida e analisadas por Espectrometria de Fluorescência Atômica a Vapor Frio - CVAFS. Para investigação dos dados foi utilizada análise de variância e regressão linear simples. Um total de 264 espécimes distribuídos em 10 espécies foram analisadas, sendo que as concentrações de HgT variaram de 0,030 a 1,670 mg.kg-1. As espécies Hoplias malabaricus, Serrasalmus rhombeus, Hemiodus immaculatus e Cichla temensis apresentaram bioacumulação. Concentrações elevadas de HgT foram encontradas em peixes carnívoros, piscívoros, planctívos e onívoros. Nenhum espécime apresentou concentrações médias de HgT em desconformidade com a ANVISA, porém isto ocorreu em relação a FAO e OMS.
Palavras-chave: Amazônia brasileira, Biomonitoramento, Águas altas, Hg.
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