SÍNDROMES DE DISPERSÃO DE PROPÁGULOS E A INFLUÊNCIA DA FLORESTA AMAZÔNICA NA COMPOSIÇÃO DE ESPÉCIES LENHOSAS DE UMA RESTINGA NO LITORAL NORTE BRASILEIRO

Dário Dantas do Amaral, Mário Augusto Gonçalves Jardim, Salustiano Vilar Costa_Neto, Maria de Nazaré do Carmo Bastos

Resumo


Este estudo teve o objetivo de caracterizar as síndromes de dispersão da vegetação lenhosa de uma floresta de restinga na Amazônia (APA de Algodoal-Maiandeua, Pará) e estabelecer relações fitogeográficas sobre a origem desta flora a partir do compartilhamento de espécies com outras restingas do litoral brasileiro e a floresta amazônica. Com base na distribuição em classes de altura dos indivíduos as espécies foram classificadas em dois estratos, inferior (abaixo de 5 m) e superior (igual ou acima de 5 m). Foram registradas 84 espécies em 35 famílias botânicas, com diversidade (H´) de 3,78 nat ind-1 . A principal síndrome de dispersão corresponde à zoocoria com 89% das espécies (74), seguida de autocoria, 6% (5) e anemocoria com 5% (4) das espécies. A análise de similaridade florística com outras restingas ao longo do litoral brasileiro aponta a um padrão de proximidade geográfica, sendo mais similar com as restingas do nordeste, sudeste e sul. Em relação à floresta amazônica, mais da metade (60%) das espécies foram comuns as duas tipologias de vegetação. Espécies com ampla ocorrência no Brasil foi o padrão de distribuição geográfico mais expressivo, agrupando 45 espécies, que correspondeu a mais da metade da flora analisada (54%). As demais espécies apresentam um padrão disjunto-nordeste (27%) e restrito à Amazônia (18%), respectivamente 23 e 15 espécies.

Palavras-chave: Amazônia, dispersão, fitogeografia, restinga.


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DOI: https://doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v5n3p28-37

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