SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DA RAÇÃO COMERCIAL POR SOJA E MILHO COZIDOS E SUA INFLUÊNCIA SOBRE O CULTIVO DE HÍBRIDOS TAMBATINGAS

Eliane Tie Oba-Yoshioka, Rodrigo Santos de Almeida, Saulo Ramid Figueiredo Gemaque, Alexandre Renato Pinto Brasiliense, Roberto de Souza Silva, Renata das Graças Barbosa Marinho

Resumo


A substituição parcial da ração comercial para peixes por um preparado de soja e milho cozidos na alimentação de híbridos tambatingas, realizado em uma piscicultura no Município de Macapá, Estado do Amapá, pode promover redução dos custos de produção para o piscicultor. Esta prática é muito utilizada pelos produtores no estado, entretanto, o crescimento e a condição de saúde desses peixes devem ser monitorados durante o cultivo, o qual foi o objetivo do presente estudo. Avaliações biométricas e fisiológicas (hematológica e bioquímica) foram realizadas nos peixes, além do monitoramento da qualidade da água sendo a primeira análise, dois meses após o início da alimentação (RC I e RSM I), e a segunda, após quatro meses (RCM II e RSM II). A substituição da ração comercial não causou alterações no pH, temperatura e concentração de oxigênio dissolvido da água dos viveiros da piscicultura; entretanto, alterações fisiológicas ocorreram nos peixes. Os híbridos tambatingas apresentaram crescimento e ganho de peso (P < 0,05) quando alimentados com o preparado de soja e milho (RSM), além disso, ocorreram alterações nos níveis de hemoglobina nas células sanguíneas e nos níveis plasmáticos de proteína e ureia. O leucograma dos híbridos indicou redução no número de células brancas no sangue periférico, podendo indicar presença de processo infeccioso nos peixes. Conclui-se que o produtor obteve redução no uso de ração comercial para apenas 20% do total, diminuindo os custos de produção de tambatingas. Entretanto, estudos a longo prazo (no mínimo dez meses) são necessários, possibilitando monitoramento da saúde desses animais.

Palavras-chave: nutrição, piscicultura, hematologia, análises bioquímicas.


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DOI: https://doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v5n1p61-67

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