O TEATRO NEGRO E SUAS TEATRALIDADES ENQUANTO TECNOLOGIA ANCESTRAL PARA CONSTRUÇÃO DE NOVAS EPISTEMOLOGIAS DO ENSINO DE ARTE NA ESCOLA
Resumo
Este artigo busca dialogar com pensadores que possuem um vasto conhecimento sobre corpo, jogos teatrais e arte na educação (Koudela, 2006; Japiassu, 2010; Sarmento, 2006; Barbosa, 2012; Spolin, 2001), bem como sobre estética e poéticas dos teatros negros (Nascimento, 1961; Martins, 1995, 2021; Lima, 2015; Paula, 2021). Essas bases teóricas são fundamentais para a experiência e construção de novas epistemologias dentro do ambiente escolar. Ao considerar esses aspectos, é possível entender a arte negra como um elemento crucial na construção de uma pedagogia que valorize a tecnologia ancestral, representada pelo teatro negro e suas teatralidades, como uma nova epistemologia. Essa abordagem propõe a descolonização do corpo e do pensamento, promovendo uma educação que integra perspectivas estéticas, éticas, poéticas e políticas. A inclusão da arte negra na educação não apenas enriquece o currículo escolar, mas também fomenta um ambiente
de aprendizagem mais inclusivo e diversificado. Através dessa pedagogia, busca-se criar novas narrativas que valorizem as identidades e culturas negras, desafiando paradigmas tradicionais e contribuindo para a formação de indivíduos mais críticos e conscientes de suas raízes históricas e culturais.